Polícia Militar do Pauí implantará sistema de 72h de folga após plantões

Buscando proporcionar melhores condições de trabalho aos policiais militares do Piauí, além de conceder reajustes salariais, o Governo do Estado está desenvolvendo uma série de medidas para alcançar este propósito. Uma delas é a implantação do sistema de folgas de 72h após cada plantão de 24h trabalhadas.
Segundo o comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Rubens Pereira, o novo regime se dará em caráter experimental, o qual deve ser iniciado ainda no mês de setembro. Atualmente, a cada dia trabalhado, os militares são contemplados com 48h de folga.
“A função de um militar requer deste um desgaste físico e mental muito grande, já que este vive sob tensão e lida com pessoas de alta periculosidade. Daí a necessidade destes terem um tempo maior para se recuperarem fisicamente, bem como passarem mais tempo ao lado da família”, ressalta coronel Rubens.
Para a implantação da medida, o comando geral da PM deve, inicialmente, regulamentar o sistema de folgas junto à legislação. Assim, uma comissão composta por dirigentes da Polícia Militar piauiense, junto com representantes das associações dos militares debaterão sobre o texto da portaria a ser baixada. Nesta devem constar situações excepcionais, a exemplo da exigência de jornadas extensas de trabalho, como quando da ocorrência de rebeliões ou grandes operações.
“O sistema de 72h de folga será aplicado para todos os integrantes da corporação, independente do município em que atuem. Contudo, o antigo regime não foi abolido e será gradativamente substituído com o decorrer da prática”, esclarece o comandante. A PM do Estado conta hoje com cerca de seis mil homens. Número este que tende a crescer com a política de convocação dos ingressos por meio de concurso público.
Investimentos em segurança são prioridades
De acordo com Rubens Pereira, a política de investimentos na segurança estadual é prioridade, podendo ser percebida através da melhoria das condições estruturais da polícia. O Ronda Cidadão, por exemplo, já atua em 312 bairros da capital, dando assistência a cerca de 500 mil pessoas. Para sua implantação foi investido um montante de R$ 1,3 milhão.
“Além do Ronda, podemos citar a instalação do guardião eletrônico e a compra de equipamentos de segurança individual, tais como coletes à prova de balas, aparelhos de comunicação e a renovação da frota de veículos”, enumera o comandante da Polícia Militar.