IDEIAS AUTORITÁRIAS

          Duas ações em curso no Brasil, ambas travestidas de princípios nobres, não podem ser assim entendidas à luz da razão e do respeito ao princípio constitucional da livre expressão, vedado o anonimato. Na Bahia, projeto de Lei de uma Deputada Estadual do PT quer impedir que o poder público contrate para shows bandas cujas músicas tenham letras de duplo sentido - boa parte delas desrespeitosas contra a mulher. Em Brasília, o Ministério da Justiça suspendeu o processo de classificação indicativa do longa metragem "Um Filme Sérvio - Terror sem Limites", o que, na pratica, representa censurar a obra, já que sem essa classificação ele não pode ser exibido no país.
               Nos dois casos, o Estado e seus agentes tetam tirar do cidadão o direito de decidir o que deve ver e ouvir. É mais ou menos como se os agentes públicos entendessem que as pessoas adultas não estão qualificadas a elas próprias tomarem a iniciativa de escolha do que é ruim ou bom.
               O juízo de valor sobre obras artísticas ou de entretendimento não pode ser de um ente legislativo, de uma Lei, de uma repartição pública, de uma fé religiosa. Essa escolha sempre deve caber ao público, devidamente informado sobre o conteúdo do que vai ser exibido. Por issomesmo é que existe no Brasil a classificação indicativa para filmes e espetáculos teatrais, bem assim há um bom senso da autoridade pública para contratar ou não banda musical que trate melhor a mulher como coisa em suas letras. 
É um ato inaceitável de intromissão indevida do Estado imiscuir-se no livre arbítrio do cidadão quanto às escolhas pessoais sobre músicas, teatro, literatura, imprensa e todas as incontestáveis formas de expressão. 
            Frise-se por necessário, que atentam contra o estado democrático de direito tantos quantos pensam em tutelar as pessoas em suas escolhas. Afinal, as liberdades artísticas e de imprensa contam com sólidas garantias na Constitução Federal. Atentar contra elas é querer banir um documento que não pode ser removido se não por ato de força.

CREIA e ORE - DEUS ESTÁ NO COMANDO

A PMPI E A SÍNDROME DE VIRA-LATA!

 “O BRASILEIRO TEM SÍNDROME DE VIRA-LATA!”

Nélson Rodrigues
A frase acima reflete o sentimento médio de inferioridade que a população brasileira sente ao comparar seu quotidiano com o dos habitantes de países desenvolvidos. Quem nunca ouviu frases do tipo:

- A educação da Finlândia é excepcional!

- O torneio de futebol Espanhol é o melhor do mundo!

- A tecnologia japonesa é insuperável!

-A Scotland Yard (polícia de Londres) é a mais eficiente que existe!

- Etc, etc, e etc?


Neste instante, a Equipe do Blog aproveita para fazer a seguinte pergunta: O que a frase de Nélson Rodrigues tem a ver a com a segurança pública do Estado do Piauí?

Respondeu?!

Pois bem, vamos a alguns fatos de nosso dia-a-dia.

Muitos Policiais Militares laboram lado a lado com profissionais de outras categorias e que lhes causam um sentimento de baixa estima considerável. Sentimento este não enxergado por nenhum governante pelo fato de o mesmo estar no topo da remuneração do Estado.

Queria ver a reação do Trat Governador ao se deparar, como parte sensível, com uma das situações abaixo elencadas:

1. Todos nós sabemos que a Polícia Militar, por meio do BPRE possui uma companhia específica para apoiar os fiscais de tributos nos diversos postos fazendários do Estado. A simbiose entre os fiscais, auditores e os Policiais Militares já é tão grande que se torna impossível imaginar a execução do serviço de fiscalização de mercadorias sem o apoio da Companhia de Polícia Fazendária. Mas o “barnabé da segurança pública” percebe uma remuneração muito menor que o fiscal de tributos, apesar dos ricos que corre. Tudo bem, algum incauto poderá dizer: “Mas eles recebem diárias para trabalharem lá!”. Porém, estas diárias podem ser perdidas pelo Militar a qualquer momento que baixar doente, ou for ferido em serviço, ou entrar em gozo de férias, etc. Ou seja, neoescravidão!


2. Visualizamos, também, situação similar na “Operação Salva-vidas”. Nestas operações estão trabalhando, “ombro a ombro”, diversos Policiais Militares e Policiais Rodoviários Federais, executando basicamente a mesma função e com salários extremamente díspares. Alguns dos PRFs que lá trabalham já foram PM, amam a corporação, e somente saíram porque queriam uma ocupação profissional melhor para suas vidas, com melhor remuneração e menor influência política. (Medeiros e Jairo)


3. Como oficial componente de diversos conselhos de Justiça Militar do TJPI, convivemos com este sofrimento. Apesar de atuarmos junto ao magistrado, não percebemos vencimentos que nos permitam ter uma convivência social que se aproxime da titular desta vara criminal.


4. Outra situação bastante peculiar é a que ocorre nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Piauí. Essencialmente, no interior do Estado, é praticamente impossível encontrar um agente de nossa co-irmã de serviço em determinadas delegacias. Façam uma “blitz” nas diversas DPs interioranas e lá você encontrará somente o “barnabé da segurança pública de serviço”. Tal qual um otário, ele toma conta de presos, registra ocorrências, faz diligências de crimes já havidos (não deixa de ser uma investigação...),e etc. E todos nós bem sabemos o quanto é grande o abismo salarial que se abre ao se comparar estas duas categorias.


5. Nos presídios do Estado, em suas guaritas de vigilâncias, se encontra sempre um policial militar. Percebendo nada além de seus pacos vencimentos é neoescravizado durante o serviço para dar uma condição de vida melhor a sua família, enquanto os agentes prisionais percebem uma remuneração bem melhor. O PM se revolta, mas não pode fazer nada. O governo quer assim!


6. Na maioria dos Órgãos Públicos do Estado do Piauí existem Policiais Militares que dão suporte as mais diversas atividades. Chega-se ao ponto do serviço só se desenvolver se o “Barnabé” estiver ali fazendo a segurança e sempre recebendo muito aquém do valor do seu labor.

Não é nosso interesse fazer política salarial atacando os vencimentos e vantagens de nenhuma outra categoria profissional de carreiras do Estado, mas que o Militar Estadual (Polícia e Bombeiro) se encontra bastante defasado em relação a outras profissões estatais, disso não tenhamos dúvida. Em todas as missões elencadas acima, a Polícia Militar executa o serviço com dedicação e, historicamente, vem sendo relegada a segundo plano pelos sucessivos governos.

Somente o militar estadual sabe o quanto é árdua sua missão e como é tão pouco reconhecida. Somos a única categoria profissional que assume o COMPROMISSO DE OFERECER A PRÓPRIA VIDA EM DEFESA DA SOCIEDADE. Vida esta que vale mensalmente um soldo deplorável, diga-se de passagem.

Somos Estado em sua essência: andamos fardados!

Toda a população sabe que está no militar um referencial do governo. Não nos escondemos nem desejando. Somos acionados a todo o momento. Seja durante o serviço, ou durante a folga, a população quer nos ver atuante.

GOVERNADOR VALORIZE OS SERVIDORES MILITARES DO ESTADO DO PIAUÍ E LHES RESGATE A AUTOESTIMA!

UNIÃO, FORÇA E CONSCIÊNCIA.

PS: Texto adaptado para a realidade do Estado do Piauí. Texto Original do Cap. Mano.


Postado no Blog Identidade PM
CONVOCAÇÃO GERAL
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QUERO QUE TODOS FIQUEM ALERTAS, FORÇAS OCULTAS
NÃO IMPEDIRÃO NOSSA ASSEMBLÉIA, QUALQUER OFERTA
DEVE PASSAR PELA ASSEMBLÉIA GERAL, NÃO ACREDITEM
EM FALSOS PROFETAS!!!

O silêncio e os gritos da tropa.

O silêncio de todos, ao ser franqueada a palavra, geralmente indica uma das seguintes situações: ou intolerância extrema, ao ponto da antipatia desestimular qualquer tentativa de diálogo, ou então incredulidade plena, fazendo com que seja julgada vã a possibilidade de argumentar. Isso é um problema recorrente da gestão de grupos e deve ser remediado.
Nos meios militares, infelizmente há por tradição o mau hábito de ouvir pouco os subordinados, lhes sendo negada por vezes a possibilidade de ponderar disciplinadamente sobre determinado assunto. A doutrina de combate realmente requer obediência imediata, no campo de batalha o proceder é um, mas na rotina administrativa ou nas atividades corriqueiras o modo de agir deve necessariamente ser outro, baseado em um modelo participativo.

Talvez por essa falha, perpetuada por extenso período, é que hoje alguns não saibam aproveitar bem a oportunidade de se expressar, o fazendo de modo indevido. Tanto tempo sob a lei da mordaça leva os oprimidos a bradar desesperadamente, quando poderiam simplesmente praticar uma conversação polida.
Aquele que sempre foi subjugado pelos superiores acaba passando a enxergar todos os demais como uma ameaça em potencial, pela semelhança aparente, sem, contudo, considerar as diferenças de conteúdo. Dessa forma, acaba agindo com agressividade como autodefesa, sem perceber que talvez não haja ameaça de ouvir um súbito “Cessa!” ou “Negado!” inoportuno e desnecessário.
Ao superior, cabe encarar o desafio de tornar-se líder sendo assessorado pela equipe, escutando os demais enquanto integrantes de um todo, e ao subordinado compete palpitar sempre que conveniente e questionar de modo disciplinado, tendo direito a explicações claras e francas. Parece difícil, não é um costume comum em muitos quartéis, mas faria muito bem à humanização do tratamento das pessoas e fomento à moralidade da administração pública.



A quem interessa uma polícia mal paga?

Por que temos um Poder Judiciário e o Ministério Público extremamente bem pagos, e em contrapartida uma polícia mal remunerada? Indícios da verdade nessa reportagem publicada no jornal o Globo em "O novo governo, a PEC 300 e a criminalização da polícia"

Por Fábio F. Figueiredo, Inspetor de Polícia, especial para o Blog Repórter de Crime

O novo governo, a PEC 300 e a criminalização da polícia
Por Fábio F. Figueiredo, Inspetor de Polícia, especial para o Blog Repórter de Crime


Defina CRIME: “É todo o ato realizado em pecado, ou seja, cometido de propósito ou conscientemente para prejudicar alguém ou obter um proveito ilegítimo ou irresponsável” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime).
Quando consideramos a questão da segurança pública no Brasil e em especial no Estado do Rio de Janeiro, verificamos que existe uma percepção coletiva de que o profissional que desempenha essa atividade “na ponta”, na “linha de frente” deveria ser prestigiado, bem remunerado e amparado para que possa COLOCAR EM RISCO o seu bem maior, qual seja a sua própria vida, na defesa da sociedade.

Paradoxalmente é comum ouvir das mesmas pessoas que assim entendem (quando os sindicatos representantes das classes policiais defendem uma maior remuneração para seus representados), que aqueles profissionais SABIAM quanto iriam receber quando realizaram o concurso público para o cargo ou função, não sendo razoável que “agora” venha demandar dos gestores públicos e da sociedade uma remuneração mais elevada, como necessária para conferir-lhes dignidade e segurança para seus familiares na eventualidade de sua morte em razão do exercício regular da profissão.

Policiais estão colocados na categoria de “funcionários públicos”, quando na realidade não o são porque a sua práxis diária exige destes homens e mulheres muito mais do que é exigido de qualquer outro “funcionário” público. Dizemos em nossas reuniões que somente o Agente de Autoridade (o policial) SANGRA e MORRE pelo serviço público, por isso entendemos que somos SERVIDORES públicos e não apenas FUNCIONÁRIOS públicos, como a maioria.

“Funcionários públicos” possuem horário de entrada e saída, não fazem hora extra, mas se o fizessem certamente receberiam pelas horas extras trabalhadas. Fazem juz a férias anuais, a licença prêmio e não carecem de autorização superior para se ausentar do estado ou do país, além de ser permitido que exerçam outras atividades remuneradas ou que tenham mais de uma matrícula, como no caso de médicos, professores, etc.

Aos policiais é exigida DEDICAÇÃO INTEGRAL ao trabalho, acatamento às convocações (antes esporádicas e há anos cada vez mais freqüentes) para participar de Operações, Escalas de Reforço, permanência em serviço em suas unidades ATÉ QUE ESTEJA CONCLUÍDO o procedimento de autuação ou investigação em andamento, não sendo ainda permitido àqueles que se encontram “na ponta” o gozo de férias em meses de “pico de demanda” como Dezembro, Janeiro e Fevereiro ou em ocasiões festivas para a cidade e o estado onde o afluxo de turistas e visitantes diversos se multiplica (Panamericano, Copa do Mundo, Olimpíadas, etc).

O segundo emprego, buscado por muitos para complementar sua renda e ofertar dignidade às suas famílias é ILEGAL, mas deixa de ser fiscalizado pelos SUPERIORES e CHEFES IMEDIATOS pela impossibilidade de confrontar os “infratores” com os vencimentos indignos oferecidos pelo estado a estes profissionais. E, assim o fazendo, evitam o arrefecimento dos ânimos dentro daquele substrato profissional, que levaria a movimentos paredistas legítimos e necessários ao aperfeiçoamento das relações institucionais e à profissionalização das polícias.

Mas onde fica o NOVO GOVERNO, a PEC 300 e a CRIMINALIZAÇÃO DA POLÍCIA neste contexto? E porque nos referimos a certo PROBLEMA DO COMPLEXO DO ALEMÃO?

Analistas políticos, sociólogos, jornalistas e economistas destacam há meses que as contas do Governo Federal e as previsões de aumento das despesas para o NOVO GOVERNO não fecham, condenando o país a uma espiral perversa que impediria que as metas de Superávit Primário fossem alcançadas e/ou mantidas. E desta forma as promessas de campanha da candidata e a votação da PEC 300 vão sendo TORPEDEADAS pelas Lideranças Políticas na Câmara, tentando de todas as maneiras inculcarem no imaginário popular que o recrudescimento da violência no Rio de Janeiro NADA TEM a ver com o reconhecimento de uma MELHORIA SALARIAL para os profissionais da área.

O líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), comentou que não “há vinculação de um tema com o outro”. E disse que a PEC 300 está num impasse devido à rejeição da matéria pelos governadores eleitos, visivelmente PASSANDO A BOLA e o ônus político para os estados.
Já o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), por sua vez, disse que colocar a PEC 300 em pauta devido à violência no Rio deixaria transparecer a impressão que as facções criminosas estão pautando o Legislativo.
“Não se pode fazer oportunismo mórbido. A segurança precisa de um debate amplo. Votar daria sinal que estamos sendo pautados pela violência, por traficante”, disse.
Porém as mesmas “LIDERANÇAS” governamentais desejam ardentemente colocar em votação a questão da legalização dos BINGOS, sem ter o mesmo “escrúpulo” quanto ao fato de estarem sendo “pautados” por outras instâncias criminosas, como vazou recentemente para a sala de imprensa pelos próprios microfones e alto-falantes da casa.
Deste modo tais “lideranças” Legislativas, somam esforços ao Executivo Estadual e Federal em um esforço conjunto para CRIMINALIZAR as legítimas demandas dos Agentes de Autoridade por um reconhecimento digno em seus contracheques que faça juz ao empenho e sacrifícios demandados em nome da Segurança Pública Nacional.
Enquanto isso o Judiciário e o Ministério Público, que fingem NADA TER A VER com os orçamentos ou os destinos da Segurança Pública (e na prática, dentro do modelo atual não têm mesmo), tratam de encaminhar suas demandas por melhores vencimentos ao Congresso, promovendo o aumento a Juízes e também Promotores, que de forma idêntica, nos mesmos moldes do proposto pelo STF (fixado em 14,79%), elevam o TOPO DA PROFISSÃO (Procurador-Geral da República) a míseros R$ 30.675,48 com vigência a contar de janeiro de 2011, refletindo-se em todas as categorias inferiores do Judiciário e do Ministério Público.

Então, por essa “lógica governamental criminosa” somos nós, os POLICIAIS (em razão do nosso grande efetivo nacional), que seríamos os responsáveis pelo DÉFICIT orçamentário projetado e não o SACO DE BONDADES distribuídas a aliados políticos ou os aumentos projetados para o Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público.
Faz sentido.
Afinal, nós, os policiais, somos DESCARTÁVEIS. Somos utilizados e acordo com as conveniências políticas do momento, consoante a pauta da mídia e da imbecilidade do crime organizado (?) que ainda não percebeu o que os bicheiros perceberam décadas atrás quando assumiram o controle do carnaval, pautando as agendas municipais e estaduais às suas conveniências.
E, ao que parece ninguém dentre os “çábios” do Executivo, Legislativo, do Ministério da Justiça ou da Secretaria Nacional de Segurança Pública assistiu ao filme Tropa de Elite 2, porque se o tivessem feito perceberiam o risco tremendo para a democracia que representam as milícias que são, salvo engano, nada mais do que uma “evolução perversa” da segurança privada promovida pelos policiais aos empresários, ricos e bem nascidos nos “bicos”, nos segundos empregos. Segurança privada essa que agora é estendida criminosamente aos substratos mais frágeis da população.
Quanto ao PROBLEMA DO COMPLEXO DO ALEMÃO, para o desespero dos políticos nacionais, a sociedade teve o vislumbre (ainda que pálido) do que representaria ter uma polícia eficiente, precisa e livre das amarras das agendas de conveniência momentâneas.
Livres da escravidão, bafejados pelos ares da liberdade e da paz, até mesmo o homem médio, o cidadão mais humilde, percebe que existe OUTRA REALIDADE que pode ser alcançada e vivenciada, não sendo mais possível um retrocesso aos descasos públicos de alhures, mesmo passadas as agendas da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
E como explicar a este mesmo cidadão que temos um sistema Jurídico que possui uma POLÍCIA MAL PAGA atuando na investigação, na coleta da PROVA (indícios de materialidade autoria), enquanto o Ministério Público (Promotores, Analistas e Técnicos) e o Judiciário (Juízes, Analistas e Técnicos) desfrutam de excelentes vencimentos e diversos benefícios negados àqueles que lhes oferecem a MATÉRIA PRIMA para as denúncias e julgados?
A quem interessa uma POLÍCIA mal paga, fragilizada pelo abandono e ausência de benefícios indiretos concedidos a outras categorias funcionais composta igualmente por Operadores do Direito?
Certamente que não interessa ao cidadão comum e muito menos ao País ou ao Estado de Direito Democrático.
E apesar dos problemas e das críticas que podem ser feitas à Operação Avalanche, como “batizaram” os caveiras, o SUCESSO obtido até aqui com a LIBERTAÇÃO da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão parecem apontar para a NECESSIDADE de que sejam “sacrificados” os POUPUDOS AUMENTOS do Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público em prol de um reconhecimento mais expressivo às categorias Policiais Civis, Militares e Bombeiros Militar.
E seria bom que esse desprendimento e “espírito cívico” fossem propostos pelas LIDERANÇAS destes poderes constituídos, antes que o cidadão brasileiro comece a fazer contas, verificando que R$ 30.000,00 (Trinta mil Reais) mensais, fora os benefícios indiretos, pagariam vencimentos melhores a 10 (Dez) Policiais Civis, Militares e Bombeiros.
Termino parafraseando um anuncio veiculado tempos atrás pela Ordem dos Advogados do Brasil que dizia que “Sem advogado não existe justiça” o que efetivamente é uma verdade, porém SEM POLÍCIA NÃO EXISTE SOCIEDADE e agora a escolha está nas mãos dos cidadãos deste estado e desta nação.
Por fim, mas não menos importante, reproduzo (sem autorização formal, mas certo da autorização tácita de nossa amizade) um e-mail postado por um colega e amigo em um Grupo de Discussão de Policiais Civis cariocas e fluminenses que dá bem O TOM de nosso desespero, inconformismo, desgosto e descrédito para com o Estado Brasileiro, representado pelos Governos Federal e Estadual.
Segue o texto do referido e-mail postado pelo colega Luiz:
“Em recente entrevista concedida à apresentadora Marília Gabriela em seu programa do GNT, o desembargador Walter Maierovitch, presidente da Fundação Giovanni Falconni, foi diretíssimo ao ponto, citando o próprio Giovanni Falconni, Juiz italiano que combateu a máfia, diga-se de passagem, com muito êxito sendo, porém assassinado quando a máfia explodiu o seu carro e todos os demais que estavam na ponte que foi também explodida.

Mas, vamos à frase que me impressionou tanto e que acho que deveria ser o lema de nossas campanhas por melhores salários, melhores condições de trabalho e mais dignidade:

"Quando o Estado abandona seus servidores, deixando-os à mercê do outro lado, é porque, muito provavelmente, o Estado está do outro lado!"

Simplesmente GENIAL !!!
Estive, ao longo destes já muitos anos de grupo PCERJ, pensando nisso; exatamente nisso, mas jamais consegui sintetizar o que pensava em uma frase, mas agora eu tenho a frase.

Não é por acaso que ganhamos pouco, não é por caso que não temos um decente plano de carreiras, não é por acaso que não temos plano de saúde ou hospital decente, não é por acaso que somos tratados como capitães-do-mato, (caçadores de negros fujões), não é por caso que somos vítimas de assédio moral de chefes e delegados, não é por acaso que sofremos as punições geográficas, não é por acaso que todas estas coisas acontecem. Elas, estas coisas, pretendem abater o nosso moral, para poder comprar a nossa moral!

Uma pessoa abatida, sofrida, humilhada, com dificuldades, acaba, depois de muita luta, por se acostumar com isso.

Grita muito no primeiro dia, grita no segundo, fala alto no terceiro, fala no quarto, sussurra no quinto, se cala no sexto dia.

É nisso que apostam os nossos "donos", se o Leblon e a Barra forem muito bem, que se dane Vigário Geral.
Sempre fui moderado e conciliador, mas hoje acredito firmemente que não há mais como fingir que não percebemos isso.
O Estado é "meu" inimigo!

O que serve ao Estado não me serve.

Certamente os donos do estado não estão pensando em como eu vivo e como vive a minha família e a de todo policial. Que continuemos morrendo na folga, que morramos nas batalhas dos morros, que ganhemos pouco para que a nossa corrupção seja bem baratinha, afinal de contas todo cidadão tem direito de fumar um baseado, de comprar droga, de comprar peças de carros roubados, de vender sem nota-fiscal, de transitar com seus caminhões com mercadoria sem nota fiscal, de receber propina para aprovar obras, de receber propina para não fiscalizar, de receber propina para votar a favor do dono do estado, e ao final de tudo dizer: como é corrupta a nossa polícia.

Chega!
Para mim, o estado está do outro lado!”

Geral : Há limite para tudo.

O Presidente da AMEPI faz uso deste espaço para externar o repúdio as declarações que constantemente são feitas contra a União real das Associações em torno de Melhorias de condições de Vida, que só servem para desagregar e nos segurar onde estamos, não por culpa de coronel ou de soldado, mas fruto das vaidades pessoais que não nos levará a lugar nenhum.

Até mesmo fuxicos são a toda hora deflagrados contra a minha pessoa, Cap Evandro Rodrigues, que nos últimos anos só tem se posicionado de forma firme em favor dos interesses da coletividade.

Nossa caminhada teve início com a valorização de todas as Associações que não foram esquecidas nem colocadas de escanteio, como alguns queriam, todas foram valorizadas e convidadas para reuniões coletivas.

Em 2009 junto com as outras Associações fez o então Governador, WD do Ex-PT, voltar atrás em seu discurso de que estava apenas comunicando que não cumpriria a lei e pronto, teve que voltar e cumprir o que a lei determinava, onde se garantiu principalmente aos Inativos um acréscimo em seus vencimentos.

Na ocasião fomos ameaçados respondemos a Inquéritos e submetidos a toda ordem de perseguições, fomos comparados à bandidos por quem hoje está sendo chamado do NOVO CHEFE DO CRIME ORGANIZADO DO PIAUÍ. A VERDADE MAIS CEDO OU MAIS TARDE CHEGA.

Em seguida trabalhamos em favor da aprovação do Curso de Direito como requisito de ingresso na PM como Oficial e Curso Superior específico para ingresso nos Quadros dos Bombeiros, um luta difícil, mas com persistência conseguimos.

Depois trabalhamos em prol de mudanças na legislação de Oficiais e Praças, onde haveria unificação, critérios justos, profissionalização dos militares estaduais, ascensão profissional regular e muito mais, porém a desunião atrasou nossos sonhos, mas não os enterrou, alguns seguimentos do Governo comemoraram. Diziam nem eles sabem o que querem.

Postado:  http://www.amepi.com.br/