Outra ameaça de prisão mobiliza policiais, vereador e advogados

Os policiais alegam que não receberam diárias para viajar, além de exigir melhores condições

Os policiais que se encontravam no município de Campo Maior retornaram para a capital e seguiram para o batalhão do BPRE para averiguação da denúncia de possibilidade de prisão de um tenente do batalhão, que aderiu ao movimento dos policiais.

O vereador R. Silva, policiais e advogados estão no batalhão para garantir a liberdade do tenente. Por volta das 15h, os policiais devem se reunir para decidir as ações da tarde e noite desta sexta-feira (12/08).

Cerca de 60 policiais militares do Piauí receberam voz de prisão na manhã desta sexta-feira (12/08), após se negarem a seguir viagem até o município de São Miguel do Tapuio. A ordem de prisão foi dada pelo coronel Jaime Oliveira, comandante de policiamento do interior.

Os policiais alegam que não receberam diárias para viajar, além de exigir melhores condições de trabalho. Os oficiais seguiram até Campo Maior com a informação que receberiam as diárias quando chegassem no município, e em seguida seguiriam para São Miguel do Tapuio.

Mas nesta sexta-feira, ao não receberem diária, o grupo se negou a seguir viagem, com isso, o coronel Jaime deu voz de prisão em flagrante. Tentando intermediar, o capitão Evandro Rodrigues conversa com os policiais evitando algo pior, já que a situação é tensa.

Além do coronel, segue para Campo Maior, advogados, comandantes da polícia e o vereador R. Silva (PP), que também é policial e uma espécie de intermediador no assunto.

Com a paralisação da polícia, o governador Wilson Martins já pediu o reforço da força nacional, mas ainda não obteve resposta.
Após momentos de tensão, coronel Evandro junto ao vereador R. Silva e advogados conseguiram contornar a situação no município de Campo Maior. “Conversamos com o comandante do quartel. Além da falta de equipamentos, diárias, o transporte que iria ser usado para deslocamento da tropa estava irregular. Alegamos esses problemas e assim o problema foi resolvido”.

O vereador explicou que os policiais sem equipamento seguem no quartel e depois serão encaminhados para Teresina. “Nosso entendimento é que o governador é quem dá a palavra final, podemos concluir assim que ele é o responsável pela ordem de prisão. Mas a OAB, o Ministério Público e juízes já estão informados do assunto. Caso ocorra prisão de qualquer policial, recoremos a justiça”.

R. Silva contou ainda que não há data para negociação, e que o secretário Paulo Ivan pediu que aguardassem até que o governo apresentassem a proposta. “Estamos sabemos das coisas apenas pela imprensa. Não tem previsão de negociação ainda”.