PMs denunciam o comandante do GATE e recorrem de decisão do TJ/PI

Advogado diz que PM que sofreu suposto atropelamento está com risco de perder movimentos da mão e entra com ação.

Os advogados Leôncio Coelho Júnior e Jorge Cury entraram, na manhã deste domingo (14) com um agravo de instrumento contra a decisão do desembargador Luiz Gonzaga Brandão, que determinou a ilegalidade do movimento Polícia Legal, Tolerância Zero. Além disso, os advogados afirmam que o coronel Márcio Alves, comandante do GATE, será interpelado criminalmente por conta do suposto atropelamento de um PM na noite de ontem (13), em frente ao quartel da RONE.

Leôncio Coelho Júnior explica que a decisão considera que o movimento é uma greve. "Não há greve, até porque a PM não pode grevar. O que há é um movimento que cobra o cumprimento da lei. Policial nenhum, assim como qualquer pessoa, pode dirigir sem carteira de habilitação. Nós entramos com agravo de instrumento e esperamos que a análise seja feita por um desembargador de plantão ainda hoje", declara.



Leôncio Coelho defende as associações de policiais militares

A decisão do desembargador Luiz Gonzaga foi proferida na tarde de sábado e culminou com a chegada de 130 homens da Força Nacional.

Caso do PM do Maranhão

Leôncio afirma ainda que o policial Alexandre Henrique Rios Leite, lotado no Maranhão, que teria sido vítima de atropelamento por parte de uma viatura em que estava o coronel Márcio Alves, comandante do GATE, corre o risco de perder o movimento das mãos.

"O policial é filho do presidente do Jóquei Clube do Piauí, Nerval Júnior. Ele é associado do clube, que também entrará com uma representação. Como ele é policial no Maranhão e associado a outra entidade, os advogados de lá estão se mobilizando para representar criminalmente o coronel Márcio. Inclusive, se ele não se apresentar será julgado como foragido. Foi registrado um B.O no 2º DP", declara.

O advogado diz também que Alexandre Henrique Rios Leite permanece internado no Hospital de Urgências de Teresina, esperando por uma cirurgia na mão. "Ele corre o risco de perder os movimentos da mão se essa cirurgia não for feita em 48 horas. A família está atrás de recursos financeiros porque a cirurgia é particular", afirma.