EMPRESA denuncia contrato sem licitação na PM do Piauí

CONTRATAÇÃO É MILIONÁRIA: Briga gerada por conta de R$ 1 milhão para simulador de tiros.
 
A EBTS (Empresa Brasileira de Treinamento e Simulação) pediu que o Governo do Estado cancele o contrato firmado, sem licitação, com a sua concorrente, a Simulógica que forneceu à Polícia Militar do Piauí um simulador de tiro. A EBTS contestou o contrato, alegando que também possui um simulador e deveria participar de processo licitatório.
O caso já virou um processo de investigação interna dentro da Polícia Militar do Piauí. Uma sindicância conduzida pelo coronel José Bertolino Neto, pela capitã Maria Elizete e pelo tenente Marcelo Anderson Buonafina concluiu que o contrato sem licitação da PM-PI com a Simulógica não é ilegal. O contrato continua homologado pelo comandante-geral, coronel Rubens Pereira.
A briga entre as duas empresas vale mais de R$ 1 milhão ao ano para quem vencer. A Polícia do Piauí não falou mais sobre o tão anunciado simulador de tiro que foi apresentado no ano passado. O equipamento é composto de um telão com computador e de uma pistola de ar comprimido, que tem o mesmo peso de uma arma convencional. Ao atirar, a pessoa sente o impacto de costume.
Agora, a PM-PI instaurou um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) para confirmar que não há irregularidade na contratação sem processo licitatório. O coronel Rubens aprovou o pagamento da primeira parte do contrato com a Simulógica (Cerca de R$ 454 mil pelo período do segundo semestre de 2010). O coronel determinou ainda o envio de documentação para o Ministério Público Federal e MP Estadual comprovando a legalidade do contrato.  A EBTS promete manter a briga até ás vias judiciais, defendendo que a Polícia Militar deve sim realizar licitação pois as duas empresas fornecem simuladores semelhantes.