Bombeiros do Piauí reclamam da falta de capacetes, luvas e trajes

Segundo associação, há apenas um carro de resgate em todo o estado. Comandante dos bombeiros diz que entrega de equipamentos atrasou.

 

Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo
Bombeiro veste traje surrado e luvas já desgastadas em Teresina (Foto: Renato Bezerra/G1)Bombeiro veste traje surrado e luvas já desgastadas em Teresina (Foto: Renato Bezerra/G1)
Os baixos salários deixaram de ser motivo de insatisfação para os bombeiros do Piauí há muito tempo. A principal reclamação da categoria no estado é a falta de equipamentos de proteção individual. Não são raras as vezes em que os bombeiros precisam manipular cadáveres sem luvas ou combater incêndios sem os trajes adequados, conforme denúncia feita pela Associação dos Bombeiros Militares do Piauí (ABMEPI).
Segundo a ABMEPI, existe somente uma unidade de resgate no estado que é usada em Teresina e na Região Metropolitana. Para combate a incêndio, há apenas dois carros em operação. Se a equipe sai para socorrer uma pessoa, é necessário esperar o retorno do veículo para que outra vítima seja atendida.
“Os bombeiros têm que decidir quem vive e quem morre, a verdade é essa. Não há condições de executarmos duas operações ao mesmo tempo. Outro dia, eu fiz um parto e a criança morreu nos meus braços, porque chegamos tarde e não tínhamos equipamento para atender. Passei semanas com aquilo na minha cabeça. Não é fácil ver uma pessoa morrer na sua frente só por falta de estrutura”, afirma o sargento Marcone Costa Alves, da equipe de resgate de Teresina.
Faltam colchões e lençóis no alojamento de Teresina (Foto: Renato Bezerra/G1)Faltam colchões e lençóis no alojamento dos
bombeiros em Teresina (Foto: Renato Bezerra/G1)
Bombeiro há 17 anos, ele ganha um soldo de R$ 1.573, somado a um auxílio refeição de R$ 120, mais um adicional de habilitação de formação de sargento de R$ 70 e uma gratificação por tempo de serviço de R$ 9 a cada dez anos – que ele explica que já foi extinta para os novos bombeiros, mas ele terá até se aposentar.
Alves conta que os homens trabalham “na base da garra e da coragem” porque amam a profissão. “Faltam luvas, capacetes, material de proteção contra incêndio. Estamos carentes de tudo o que dá para imaginar. Semana passada, houve um acidente grave que terminou com três pessoas mortas. Passamos meia hora para conseguir tirar as pessoas de dentro do carro só por causa da falta de equipamento”, diz.
A existência de apenas um quartel também prejudica a logística em Teresina. Alves explica que, quando há fogo em residências de bairros afastados, eles sabem que não vão conseguir chegar a tempo. “Às vezes, demoramos uma hora para chegar. São tragédias anunciadas, estão brincando com a vida da população. Infelizmente, as pessoas pagam com a própria vida.”
Alves conta que fica desanimado com as condições de trabalho. “Eu não vejo ser bombeiro como uma profissão, vejo como religião. Mas, não vou mentir, essas condições trazem uma insatisfação muito grande. Muitos profissionais bons pensam em sair, porque não aguentam mais a falta de estrutura.”
Bombeiro exibe bota que já está sem condições de uso, mas ainda é utilizada durante as ocorrências (Foto: Renato Bezerra/G1)Bombeiro exibe bota que já está sem condições
de uso, mas ainda é utilizada durante as
ocorrências (Foto: Renato Bezerra/G1)
O bombeiro militar A. (que preferiu não se identificar por temer retaliações) afirmou que o problema de gestão na instituição é generalizado. Ele explica que falta efetivo, por isso os homens fazem escalas abusivas de trabalho.
“Trabalhamos mais de 70 horas por semana, porque o efetivo é reduzido. As escalas são apertadas, a folga é diminuída. O pessoal ainda trabalha em condições inseguras, com carros sucateados, mas estão em serviço porque se pararmos não há socorro”, afirma.
O bombeiro confirma que não há equipamentos de proteção individual. “Nós temos um efetivo diário de 20 homens em Teresina, mas só temos oito roupas de aproximação, então muitos vão atender ocorrências sem os trajes. Cada militar deveria ter sua própria roupa, mas aqui elas são passadas de efetivo para efetivo e ainda acabam se transformando em um vetor de contaminação”, diz.
Ele afirma que tem consciência dos riscos, mas não pode se omitir de realizar as atividades até por conta do regime militar ao qual são subordinados os bombeiros. Porém, ele diz que a grande justificativa é a questão humanitária do trabalho, já que os bombeiros são acionados geralmente quando pessoas precisam ser salvas.
“Nosso maior problema, além da remuneração, é a falta de condições de trabalho. O bombeiro entra no serviço operacional diário, mas não tem a condição de proteção devida. Pode voltar no final do dia em óbito”, diz o bombeiro, que revelou comprar equipamentos com o próprio salário para tentar se proteger, já que eles não são fornecidos pela instituição.
Equipamentos de proteção, que deveriam ser de uso individual, ficam pendurados em parede e são de uso coletivo. Há falta de trajes (Foto: Renato Bezerra/G1)Equipamentos de proteção, que deveriam ser de
uso individual, ficam pendurados em parede e
são de uso coletivo. Há falta de trajes
(Foto: Renato Bezerra/G1)
Outro lado
O coronel Manoel Bezerra dos Santos, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, explicou ao G1 que foram comprados 15 equipamentos completos de combate no início deste ano, compostos por traje especial, capacete, bota e outros equipamentos de proteção. A compra teria sido feita no início deste ano por cerca de R$ 70 mil.
“Estamos dependendo de a empresa fazer a entrega. Ela ficou de repassar o material até o dia 10 de junho, mas houve um problema por parte deles e tivemos o atraso. Mas os equipamentos já foram adquiridos”, disse.
Santos admite que a compra de 15 equipamentos, somados a outros oito que estão em uso, não são suficientes para o efetivo do estado. “Um equipamento desses é muito caro, só o conjunto gira em torno de R$ 3,5 mil. Vamos vendo de que forma vamos priorizar as guarnições para tentar, realmente, atender o que prevê a lei. Nossa proposta é no futuro ter um equipamento para cada bombeiro. Esse é o pensamento do Comando e também do governo do estado do Piauí”, afirmou.
Santos disse também que a Secretaria Nacional de Segurança Pública adquiriu três veículos para o Piauí. “A entrega dos carros já foi feita, eles estão no quartel do Corpo de Bombeiros de Teresina. Vamos agora agendar com o governador para que seja feita a entrega oficial para que sejam colocados em uso.”
Segundo a ABMEPI, não há local adequado para limpeza de equipamentos. Macas e instrumentos sujos de sangue de vítimas são lavados em pátio e resíduos escorrem para a rua (Foto: Divulgação/ABMEPI)Segundo a ABMEPI, não há local adequado para
limpeza de equipamentos. Macas e instrumentos
sujos de sangue de vítimas são lavados em pátio
e resíduos escorrem para a rua
(Foto: Divulgação/ABMEPI)
Sobre a falta de efetivo, Santos afirma que os homens recebem treinamento justamente para poder praticar “várias atividades”. Ele admite que, eventualmente, a escala de 24 horas de trabalho por 48 de folga não é cumprida à risca, mas os bombeiros são consultados antes da convocação para horas extras e recebem pelo serviço extra. Segundo Santos, não há imposição do Comando.
“Fizemos cursos de capacitação para manter o homem na operacionalidade, para que não faça uma coisa só. Ele faz a parte de salvamento, combate a incêndio, resgate. Ele é bem eclético”, disse.
Em relação aos salários, o coronel afirma que houve um reajuste neste mês, o que elevou o salário inicial de R$ 1.405,00 para R$ 1.570,00. “Não é que seja o salário ideal, o governo tem intenção de melhorar, mas ele precisa ver a questão do caixa do governo.”
Santos explicou que sua próxima meta é a aquisição de dois jet skis para utilização no município de Parnaíba no período das férias escolares, em julho.

Postado no G1.com

 

VIDEO PEC 300

PMs do Piauí realizarão grande movimento no dia 27 em prol da PEC 300 e Isonomia Salarial

  • PMs do Piauí realizarão grande movimento no dia 27 em prol da PEC 300

As associações dos policiais militares do estado do Piauí, com o apoio do vereador R. Silva, realizarão no próximo dia 27, uma grande caminhada em prol da PEC 300  que reacendeu sua discussão no congresso com grandes possibilidades de ser votado o seu segundo turno, pois a grande maioria do congresso está buscando colocar recursos do pré-sal pra saúde, educação e para a PEC 300. Os representantes dos policiais em cada Estado, estão pressionando os seus representantes no congresso para que saiam de cima do muro e assumam compromisso com a segurança e a PEC 300.
Na semana passada o parlamentar teresinense e  as asociações dos policiais militares levaram ao governador Wilson Martins, um documento reivindicando a PEC do Estado do Piauí, que tem como objetivo equiparar os salários das polícias civil e militar, tendo como referência o vencimento básico do soldado com do agente de polícia e o do coronel equivalente a delegado de polícia. "portanto, é importante a presença dos policiais do interior e seus familiares no dia 27 para lutarmos por essas duas PECs" disse o vereador.
R. Silva,  disse numa entrevista ao site agente190.com na manhã de hoje, que nas próximas semanas será levada ao governdor, uma proposta de reajuste do  auxílio alimentação para R$ 360,00 e a diária de R$ 110,00 unificando do soldado ao coronel.
Todos os deputados e senadores do Piauí e alguns de outros estados, marcarão presença na caminhada do dia 27 de junho, inclusive o deputado federal Marllos Sampaio, que mesmo sendo a favor da PEC, não concordava com a maneira como ela estava sendo conduzida. O vereador disse durante a entrevista que teve uma conversa com o Marllos, oportunidade em que o deputado confirmou a presença na caminhada e o apoio irrestrito a causa dos policiais.


Da redação.

Comissão sobre PEC 300 será instalada na semana que vem, diz Marco Maia

Comissão sobre PEC 300 será instalada na semana que vem, diz Marco Maia

O presidente da Câmara, Marco Maia, disse nesta quarta-feira que será instalada na semana que vem uma comissão especial para analisar propostas relacionadas a profissionais das áreas de segurança pública. Entre elas, as PECs 300/08 e 446/09, que criam um piso salarial nacional para os policiais dos estados; e 308/04, que cria as polícias penitenciárias federal e estaduais. O dia previsto para a instalação ainda será definido.
O presidente da comissão especial será o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que terá prazo de três meses para elaborar um relatório sobre as propostas. “Ele terá a responsabilidade de ouvir governadores, ouvir as entidades e buscar acordos e entendimentos que viabilizem a votação da PEC 300. A PEC prevê que o governo mandará um projeto regulamentando os seus artigos, então nós queremos adiantar o debate”, explicou Maia. 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

( LUTO ) Morre sargento baleado após assalto aos Correios no Piauí.


O sargento baleado durante operação policial na cidade de Boa Hora faleceu nesta madrugada após complicações médicas. Sargento Rodrigues, como era conhecido, recebeu um disparo na região do abdômen durante troca de tiro com os assaltantes da agência dos Correios de Pedro II, ação acontecida no último dia 26 de maio.
Neste mesmo confronto, dois dos envolvidos no assalto acabaram sendo mortos. O tiroteio começou quando um dos bandidos disparou contra os policias. Os agentes da PM revidaram e no fogo cruzado uma das palas atingiu o sargento. Ele foi levado às pressas para o Hospital de Urgência de Teresina. Nesta madrugada ele faleceu e o corpo passou pelo Instituto Médico Legal para a elaboração do laudo cadaverico.
O falecimento do militar, que estava internado em um hospital partícula, foi confirmado pelo Tenente Coronel Sá Júnior. “Divulgaremos uma nota em nosso site e iniciaremos um processo para reconhecer sua morte durante o combate”, disse por telefone ao 180graus.

NOTA NOSSA:
"Também é com grande pesar que nós do Rábula Militar PM que estamos consternados com o falecimento do Sargento Francisco Rodrigues,  Cmt do GPM do município de Boa Hora, ocorrido hoje por volta das 07h00minh no HTI - Hospital de Terapia Intensiva de Teresina onde ficou 15 dias internado. E prestamos condolências aos familiares e amigos.
O Sgt foi alvejado no dia 26 de maio entre os municípios de Boa Hora e Cabeceiras do Piauí, em um confronto com dois assaltantes dos correios de Pedro II. “Na ocasião os dois bandidos foram mortos pela policia.”

NOTA DE REPUDIO AOS PODERES:
O Sargento veio a óbito por culpa exclusivamente do Governo Estadual, Secretaria de Segurança Pública e o Comando Geral por sua conivência.
A Cidade de Boa Hora não tem o aparelhamento policial adequado: falta contingente policial e armas adequadas, coletes balísticos em condições de uso, viaturas. Pergunto agora: CADÊ O MINISTÉRIO PÚBLICO? CADÊ OS DIREITOS HUMANOS? CADÊ A OAB? Será que só se manifestam quando são provocados ou quando o Policial Militar surge no erro?
O Policial Militar é um ser humano e uma vida foi ceifada, quantas tantas outras por indivíduos de má índole.
Diante de tal afronta a vida humana, o Rábula Militar PM vem a público, por deliberação Própria, repudiar a atitude do Governador Wilson Martins e o Comandante Geral que, dentre outras nódoas, comprometeu para que a vida do Militar fosse ceifada, abreviou a falta de condições aos policiais que ali trabalhavam, fomentou autoritarismo e deu um mau exemplo enquanto representante popular e autoridade constituída por força dos princípios democráticos.
Princípios estes que o Governador devia sempre resguardar, nunca afastar.

Rábula Militar PM

Piso de R$ 2.900 será proposto por associação a bombeiros e PMs

Piso de R$ 2.900 será proposto por associação a bombeiros e PMs no RJ

Foi criada uma Frente Unificada para consolidar a proposta.
Comandante dos Bombeiros diz que começam a chegar a um entendimento.

Depois de uma reunião que durou duas horas com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, o presidente da Associação de Cabos e Soldado do Corpo de Bombeiros, Nilo Guerreiro, disse que pretende formular uma proposta ao governo do estado do Rio estabelecendo um piso salarial de R$ 2. 900 para a categoria e para os policiais militares. Segundo Guerreiro, foi criada a Frente Unificada das Entidades de Classe de Segurança Pública para consolidar a proposta. Ele afirmou ainda que 13 associações de classe apoiam o movimento dos bombeiros. O encontro foi na tarde desta quarta-feira (8).
"Essa é uma proposta unificada a partir das reuniões que fizemos até agora com outras associações para apresentar ao governador do estado. Vamos formular um documento que será encaminhado a Sérgio Cabral através do comandante", disse Nilo Guerreiro.
O coronel Sérgio Simões não falou em valores, mas disse que depois da reunião desta quarta-feira (8) eles começam a chegar a um entendimento.
O comandante Simões participou de mais uma reunião com os representantes (Foto: Aluizio Freire /G1) 
O comandante Simões participou de reunião com
os representantes (Foto: Aluizio Freire /G1)

"A determinação que eu recebi do governador é para consolidar esse trabalho e assim que fecharmos um documento, pretendo pedir uma audiência com o governador e apresentar uma proposta. Estou ouvindo a todos para ver os pontos de convergência", falou Simões.
Com relação às prisões, o comandante disse que soltar os presos é uma preocupação, mas não é da competência dele.
Apesar do encontro com o comandante-geral do Bombeiros, os presidentes das associações não abrem mão de serem recebidos por Cabral. "É uma coisa que estamos tentando desde o início do movimento. Para encerrar esse impasse, queremos apresentar nossa proposta e saber de imediato a resposta do próprio governador", acrescentou Guerreiro.
Comandante dos Bombeiros pede proposta reformulada
Na noite de terça-feira (7), após mais de quatro horas de reunião com sete representantes dos bombeiros, o comandante da corporação afirmou que a proposta salarial apresentada pelos militares precisava ser reformulada. Segundo ele, o piso estava acima do que o governo estadual pode pagar.
Bombeiros que protestam em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) contra as prisões dos 439 colegas após a invasão do quartel central da corporação começaram, na tarde desta quarta-feira (8), a raspar os cabelos. Eles dizem que o fato é em apoio aos colegas detidos.
"Estou aqui protestando na Alerj desde sábado, não saí daqui. Como meus colegas presos, eu também estou preso. Nosso ato é para mostrar ao governo que estamos unidos. Eles não vão nos separar", disse o sargento Paulo Nascimento, que liderava o movimento. Com um apito, ele acionava os colegas a se juntarem a ele.
Uma fila logo se formou atrás do carro de som de um sindicato que apoia a causa dos bombeiros. Segundo estimativas de policiais militares, pelo menos 300 manifestantes, entre bombeiros e familiares, continuam protestando em frente à Alerj nesta quarta. Muitos passaram a noite acampados no local.
Eles receberam colchonetes nesta quarta-feira (8). O local virou o principal palco para os protestos da categoria, que reivindica aumento salarial e a libertação dos colegas presos. Muitos motoristas passaram a usar uma fita vermelha nos veículos, em apoio aos militares.

Fonte: G1 RJ

OAB diz que prisão dos 439 bombeiros rebelados é irregular

As prisões dos 439 bombeiros que invadiram o quartel central da corporação na noite da última sexta-feira, dia 3, se tornaram irregulares, pois não foram comunicadas no prazo legal à Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Rio (TJ/RJ). A acusação é da presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ), Margarida Pressburger.

Segundo ela, a comunicação à Justiça deveria ter ocorrido em, no máximo, 24 horas. O prazo é determinado pelo Código de Processo Penal Militar. De acordo com a Assessoria de Imprensa do TJ/RJ, a comunicação foi feita apenas às 19h de ontem, mais de 60 horas após as prisões. "Na teoria, eles já deveriam ter sido soltos. Na prática, estamos indo visitá-los presos nas unidades", explicou Margarida.

Nove militares estão isolados dos demais presos. Segundo manifestantes, são os líderes do movimento. A Secretaria Estadual de Saúde e a Defesa Civil não explicaram por que somente os nove foram transferidos a outras unidades. Em Niterói, Região Metropolitana do Rio, outros 430 bombeiros estão na 3ª Policlínica do Corpo de Bombeiros.

Enquanto os bombeiros continuam em estado de greve, com operações-padrão nos quartéis e manifestações pela cidade, o governo do Estado do Rio não se entende sobre as negociações com a categoria. De manhã, após solenidade do Palácio Guanabara, o governador Sérgio Cabral (PMDB) se recusou a falar sobre o assunto. Seu braço direito, o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner, confirmou que as conversas com os bombeiros foram encerradas após o episódio no quartel.

A posição contradiz o que o novo comandante da corporação, coronel Sérgio Simões, tentou passar para tropa ao longo do dia. Ele esteve em dois quartéis ontem e pretende passar o dia de hoje nos grupamentos marítimos - unidades onde começaram as manifestações, há cerca de três meses. "Esse canal de comunicação sempre vai haver e é por meu intermédio que o governador vai saber das coisas. Até para questões salariais."

Liderado por guarda-vidas, o movimento segue dividido após a prisão do cabo Benevenuto Daciolo, no sábado. Ontem, em uma reunião tensa, representantes de 12 associações de classe dos bombeiros tentaram fechar acordo para uma pauta de reivindicações conjunta com os ativistas das manifestações. No entanto, a prioridade dos militantes é a libertação dos 439 presos.

Os dirigentes de entidades insistem em uma campanha pela aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 300, que equipara os vencimentos dos policiais bombeiros de todo o País. Representantes de associações dos clubes de soldados, sargentos e oficiais chamam de inexequíveis as propostas dos guarda-vidas.

Fonte: O Estado de S. Paulo - 07/06/2011.

SBT apóia os Bombeiros do Rio de Janeiro


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ASS-PE- Repúdio da Ação do Bope e Choque contra os Bombeiros Militares do Rio de Janeiro


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Comandante diz que salário de bombeiro no Rio ‘não e compatível’ com função

O novo comandante assumiu a responsabilidade de resolver o problema da greve e negociar com o governador do Rio de Janeiro

O novo comandante do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro, Sérgio Simões, admitiu que o salário “é uma dificuldade da corporação” e que o valor praticado no Estado “não é compatível” com a função. Mas disse que “não adianta” fazer comparações com outros Estados.
“A defasagem salarial veio se agravando ao longo dos anos”, afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira. “A gente quer encontrar qual é o salário. Agora, não adianta ficar com comparações que não são conclusivas, dizer que o soldado em Brasília ganha R$ 5 mil. Isso não é o parâmetro.”
O coronel assumiu o comando dos Bombeiros do Rio no sábado, em meio a uma crise sem precedentes na instituição. Na sexta-feira, cerca de mil manifestantes ocuparam o Quartel Central dos Bombeiros e foram retirados apenas na manhã seguinte, com a invasão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque.
Dentre os manifestantes, 439 bombeiros foram presos na operação, e o então comandante-geral foi exonerado do cargo.
Simões chamou para si a responsabilidade de resolver o problema da greve e de apresentar as reivindicações da categoria ao governador do Rio, Sérgio Cabral. “Eu abri esse canal de comunicação para ouvir a tropa, conhecer suas reivindicações e, principalmente, esclarecer que o representante legal da instituição sou eu.”
Ele seguiu da coletiva para uma reunião com três líderes do movimento e com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo (PMDB), que vem apoiando os bombeiros, e disse que solicitaria uma reunião com o governador assim que tivesse as propostas consolidadas para lhe apresentar. “Acredito que até amanhã teremos uma solução definitiva”, disse.
Salários
A escalada veio depois de dois meses de greves e protestos para reivindicar aumento salarial e melhores condições de trabalho. De acordo com o blog “S.O.S. Guarda Vidas”, criado por representantes da categoria, os soldados do Estado recebem o pior salário do país: R$ 1.031,38 (sem vale-transporte), ocupando o 27º lugar no ranking nacional.
Os bombeiros pedem o aumento do piso atual, de R$ 950, para R$ 2 mil, com direito ao vale-transporte.
E repudiam o programa de recuperação salarial do governo, que prevê aumento de 1% ao mês ao longo de quatro anos. Ao fim do quadriênio, que começou a contar em janeiro, o salário chegará a R$ 2.077,25, o que, segundo Simões, representa um aumento real “50% acima da inflação”.
Após o conflito de sexta-feira, o pedido pela libertação dos 439 bombeiros presos se somou às exigências e se tornou uma das prioridades do movimento. Manifestantes continuam fazendo protestos na capital e no interior do Estado. Um grupo está acampado nas escadarias da Alerj desde ontem.
“É uma coisa constrangedora para todos nós", diz o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros Militares do Estado, Nilo Guerreiro. "Não é este o perfil do bombeiro militar, somos uma instituição respeitada pela população. Estamos tratando de pessoas que salvam vidas, não estamos tratando de bandidos.”
Ele atenua a ocupação do Quartel Central na sexta-feira e diz que a situação se agravou porque não havia diálogo com o comandante anterior. “Os bombeiros estavam aquartelados com o objetivo único de serem ouvidos pelo comandante-geral. Ele deixou de ouvir o clamor e fez com que se gerasse toda essa problemática”, diz.
‘A decisão é da Justiça’
Os 439 soldados estão presos em Niterói. Suas ações foram enquadradas em quatro artigos do Código Penal Militar: motim, dano em viaturas, dano a instalações e o impedimento de socorro e salvamento a outros.
Os manifestantes pedem a anistia dos bombeiros e conquistaram o apoio de parlamentares. Mas Simões ressalta que não tem competência para libertá-los, e nem mesmo o governador poderia tomar tal decisão.
“Os presos estão à disposição da Justiça Militar. Os poderes são independentes, a decisão é da Justiça.”
A invasão levou o governador Sérgio Cabral a chamar os bombeiros de “vândalos” e “irresponsáveis”. Já Guerreiro condena a ação “truculenta” da Polícia Militar, “um órgão coirmão”, na represália à invasão do Quartel Central.
Os policiais explodiram o portão dos fundos do quartel e usaram gás lacrimogêneo e bombas e efeito moral para expulsar os invasores. Mulheres e crianças estavam entre os manifestantes.
“O governo colocou uma tropa com armas letais e não letais para invadir uma unidade militar. Fomos recebidos dentro da nossa casa com truculência e repudiamos veementemente esse ato. Poderia ter tido consequências gravíssimas”, diz.

Fonte: BBC Brasil.

Juíza revoga prisão preventiva de Bombeiros do Rio

Líderes do movimento de greve dos bombeiros militares no Rio de Janeiro tiveram o pedido de prisão preventiva revogado. A decisão é da juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio, que atendeu pedido da Defensoria Pública do Estado nessa sexta-feira (20/5).
O major Luiz Sergio Lima, os capitães Alexandre Machado Marchesini e Lauro César Botto, o 1º sargento Valdelei Duarte e o cabo Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos tiveram a prisão decretada, no dia 13 de maio, por incitamento à prática de crimes militares, como descumprimento de missão, deserção e recusa de obediência.
Pesou na decisão da juíza de revogar a prisão as informações do Inquérito Penal Militar (IPM), no qual os indiciados declararam que um canal de negociação foi aberto entre a categoria e deputados estaduais, e ficou estabelecido, como prioridade, que eles irão voltar a trabalhar normalmente.
Ainda segundo a juíza, os indiciados já cessaram as práticas de incitamento a crimes militares diversos, retomando a ordem pública e também o respeito à hierarquia e disciplina militares. Disse também que a prisão se deu para garantir a ordem pública. Reconheceu que as reivindicações por melhores condições de trabalho e salários são legítimas, mas lembrou que a luta por tais direitos “não pode sobrepor-se à vida do cidadão”.
Segundo os autos do inquérito policial militar, os acusados, através de um movimento que, inicialmente, visava buscar por melhores condições de trabalho e melhorias salariais, passaram a promover o incitamento de outros militares, particularmente os bombeiros militares dos Grupamentos Marítimos, a cometerem diversos crimes militares. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ.

Novo comandante dos bombeiros do Rio quer negociar com grevistas

Após a prisão de 439 bombeiros que protestam por melhores salários, no Rio de Janeiro, o novo comandante-geral da corporação, Sérgio Simões, disse que o canal para o diálogo está aberto.
Ele esclareceu que está à disposição dos grevistas, em seu gabinete. “Eu já mandei recado para as lideranças do movimento que eu quero recebê-los. Não nas escadarias da Alerj, eu quero recebê-los no quartel do comando geral”, afirmou.
Em relação às reivindicações dos bombeiros, Simões afirmou que o programa de recuperação da classe já está em andamento. Sobre a prisão dos grevistas, ele informou que não cabe a ele intervir. “Esses militares foram autuados em flagrantes por crimes tipificados no Código Penal Militar. Essa documentação já foi remetida para a auditoria de justiça militar e já está sendo analisada pela juíza auditora”.

Fonte: Pop News.

APOIO AOS BOMBEIROS MILITARES DO RIO DE JANEIRO