PMs cruzam braços e atrasam final do Campeonato Piauiense

"Tolerância Zero": Rone deixou de embarcar para Piripiri por falta de diárias. Partida atrasou 50 minutos.

Uma tropa de 11 homens das Rondas Ostensivas de Natureza Especial - Rone - se recusou a viajar na tarde desta quarta-feira (10) para Piripiri, Norte do Piauí. Eles deveriam reforçar a segurança do estádio Ytacoatiara, onde 4 de Julho e Comercial. Os policiais alegaram não terem recebido diárias. Eles aderiram ao movimento "Tolerância Zero: Polícia Legal", um protesto de PMs e bombeiros por melhores salários e condições de trabalho. A medida foi tomada porque as categorias são proibidas de entrar em greve por conta de seu regimento interno.

A partida deveria começar às 20h, mas sofreu 50 minutos de atraso. Inicialmente, foram apenas quatro policiais militares. Depois, eram seis PMs, seis seguranças particulares e quatro agentes de trânsito de Piripiri. O comandante do 12º Batalhão da PM, coronel Dário Castelo Branco, assinou um documento se comprometendo com a segurança da partida.
"Greve"
Os policiais do Rone ficaram fardados, prontos para embarcar em um ônibus estacionado ao lado do pátio do Rone, na alameda Parnaíba, zona Norte de Teresina. No entanto, eles se recusam a embarcar por não terem recebido as diárias, no valor de R$ 50 para soldados e R$ 80 para oficiais. O grupo deveria ter deixado a capital às 15h.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados, capitão Evandro Rodrigues, informou que policiais de Piripiri aderiram ao movimento e estariam se recusando a fazer a segurança do jogo desta noite por condições irregulares.

O Cidadeverde.com falou com o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, em Piripiri, coronel Dário Castelo Branco. Por volta de 18h, ele não tinha conhecimento da adesão dos policiais do Rone ao protesto e informou ter recebido homens de Esperantina para reforçar a segurança da partida. PMs de Pedro II também eram aguardados. No entanto, a dúvida persistia. "Não sei se, quando chegarem aqui, eles também vão aderir ao movimento", disse o comandante. Os PMs não compareceram.

Também em protesto, estão deixando de trabalhar policiais em viaturas sem placa ou utensílios obrigatórios, colete a prova de balas ou até mesmo protetor solar em caso de ações com exposição ao sol.
O vereador R. Silva (PP) é um dos que discursa para os manifestantes em frente ao Rone. "Vamos parar o Estado do Piauí para que o policial trabalhe dentro da legalidade", disse.




Poatado: CidadeVerde.com