QUE ISONOMIA É ESSA?


O prefixo ISO significa igualdade; isonomia segundo os dicionários significa os que são governados pelas mesmas leis. Portanto, isonomia salarial significa o mesmo salário para a mesma categoria funcional. Está contido em nossa Constituição. O que está determinado em nossa Carta Magna deve ser cumprido por todos, principalmente pelo governo, que é o gestor da coisa pública e quem determina os salários nos diversos setores da administração pública. Entretanto, o governo é argüido qualquer Cláusula Pétrea, isto é, que é inamovível, desde que seja para argumentar a favor de seus interesses.
Os profissionais de nível superior, principalmente, e também os demais, de outros níveis, sofrem essa afronta do governo. Um subtenente, um sargento, um cabo, um soldado e outros profissionais amargam a discriminação mais aviltosa e humilhante neste país no qual afirmam que Deus é brasileiro. Um subtenente, um sargento, um cabo, um soldado ou outro qualquer profissional de segurança pública ganha no Distrito Federal um valor de salário; em Sergipe, Tocantins, Bahia, em Mato Grosso e em diversas unidades federativas ganham outro salário bastante diverso. Ou muito abaixo ou muito acima dos demais. E isto é, seguramente, um absurdo, uma desconsideração e um desprezo pela nossa Constituição.
Há policiais militares que ganham “x” num estado e em outro ganham vários “x”.
Entendo, salvo melhor juízo, que os órgãos de classes, como Associações, OAB e os demais órgãos representativos das respectivas categorias são relapsos em relação a esta tão expressiva aleivosia a nossa Carta Magna. Entendo que esses órgãos defensores de seus respectivos representados têm o dever precípuo de firmar recurso junto aos tribunais federais no sentido da normalização salarial de seus liderados.
Entendo que a OAB, por ser o órgão das leis, deveria ser a primeira a procurar por meio de a Justiça regularizar essa situação que é vexatória para as categorias que movimentam e que gerem este País, e instruir os demais órgãos de classe como agir para acabar com essa degradante falha governamental.
O pior exemplo da desigualdade salarial é praticado pelo Congresso Nacional que, com artimanhas e artifícios, consegue aumentar assustadoramente, ao final do mês, o valor total de vantagens auferidas pelos seus membros. Têm carros com motoristas de graça, combustível, passagens aéreas, horas extras, franquia postal, apartamentos funcionais além de outras relevantes benesses.
Todos sabem disso. Mas no Brasil, os brasileiros recebem a cacetada no cabelouro como carneiros, sem berrar e sem sequer dar um vagido. Entendo, por ultimo, que os órgãos de classe têm obrigação de denunciar esse dolo perante os tribunais do País e exigir o respeito e a observância à nossa Constituição. Isonomia total e irrestrita, JÁ!