Áudio da PF revela tentantiva de proteger Marcelo Castro. Ouça!!

ESCÂNDALO DO TURISMO: Presos combinam esperar ‘esfriar’ denúncias contra deputado do PI O jornal Estado de São Paulo publicou uma gravação telefônica feita pela Polícia Federal no dia 22 de julho deste ano mostrando que a cúpula do Ministério do Turismo se articulou para segurar por alguns dias a liberação de uma emenda parlamentar do deputado Marcelo Castro (PMDB). O objetivo era proteger o deputado e o próprio Ministério, já que o nome de Marcelo Castro apareceu no noticiário nacional por causa do escândalo de corrupção nos Transportes.

Na conversa telefônica dois presos pela Polícia Federal, acusados de corrupção no Ministério do Turismo, o secretário Nacional de Políticas de Desenvolvimento para o Turismo, Colbert Martins, e o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva Costa.

No áudio, Colbert diz a Frederico que vai negociar com o ministro do Turismo, Pedro Novais, a hora certa de ‘soltar’ o dinheiro da emenda de Marcelo Castro. ‘Não, manda pagar, quem fiscaliza isso na ponta é a Caixa’, orienta Frederico. ‘É não, eu sei, eu tô lhe falando isso porque como tá, daqui a pouco a gente dá uma liberação em cima de uma denúncia daquelas... você não vê problemas não, né?’, responde Colbert.Todas as gravações foram autorizadas pela Justiça.

Os dois combinam de esperar o momento de ‘esfriar’ as denúncias contra Marcelo Castro e o diretor do Dnit-PI, Sebastião Ribeiro, seu cunhado. ‘Só combina com ele (Marcelo Castro), eu acho que você falando com ele, explicando, eu acho que não tem nenhum problema não’, recomendou Frederico.

Em outra gravação, Colbert Martins manda a assessora prestar atenção e não cancelar dinheiro para obras de interesse de José Sarney (PMDB-AP), padrinho da indicação do ministro Pedro Novais, para não dar ‘mais confusão’.

As gravações fazem parte da Operação Voucher, da Polícia Federal, que prendeu 36 pessoas suspeitas de participar de um esquema de desvio de dinheiro público. Nesta quarta-feira, 10, 18 foram liberados. Continuam presos, porém, Colbert Martins, e o número 2 do ministério, o secretário-executivo Frederico Silva Costa. As informações são do Portal Estadão.

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Fonte: Jornal Estado de São Paulo